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Resenha: O Mágico de Oz
Nunca
fui uma louca pela história d’O Mágico de Oz ou assisti ao filme diversas
vezes, mas sempre tive uma certa simpatia por esse mundo. Digo, acho que todos
nos encantamos pelos personagens desse livro, não? Bem, a minha vontade de ler
e conhecer a história realmente surgiu após ver essa edição de bolso lindíssima da editora Zahar, precisava dela na minha estante! – devo dizer que fiquei
interessada, também, ao saber daquela história de que o álbum Dark Side of the Moon do Pink Floyd
fica sincronizado com o filme produzido em 1939 se colocado em um momento
específico –.
O
livro não me prendeu exatamente, até porque é um estilo infantil e a escrita,
por isso, é bem simples, mas resolvi dar 5 estrelas por conta da história adorável
e das críticas muito inteligentes por trás de certas coisas – falarei disso
mais pra frente -, além da mensagem passada no fim. E devo dizer: achei que
conhecesse bem a história d’O Mágico de Oz através dos filmes e do que ouvia
por aí, mas que nada! Descobri muita coisa que não sabia, o que torna a leitura
ainda mais recomendada.
Dorothy vive em uma pequena casa no Texas com seus tios e seu cachorro Totó, um lugar
cinzento e sem vida, mas que não a impede de encontrar motivos para sorrir. É
quando o céu aparenta estar ainda mais escuro que todos começam a se preocupar.
E eles estão certos: tem um ciclone
a caminho. Correndo até o abrigo, os tios de Dorothy conseguem proteção, mas a
garota e seu cachorro não chegam a tempo. Estranhamente, o centro do ciclone
acaba se localizando em cima da casa, o que a faz flutuar até uma terra distante e completamente diferente.
Após
dormir por algumas horas, Dorothy percebe que a casa não está mais em
movimento. Ao abrir a porta, depara-se
com um campo lindíssimo e colorido, diferente do local em que vive. É aí
que Bruxa – boa – do Norte dá
boas vindas à garota e lhe agradece por ter matado a Bruxa
Má do Leste. Dorothy fica pasma e faz questão de se explicar, dizendo
não ser a responsável por isso, mas logo tudo é esclarecido e ela fica sabendo
que sua casa tratou de fazer o trabalho,
caindo bem em cima da Bruxa. Esse fato acaba libertando os Munchkins, as pessoas moradoras daquele
País e que eram escravas da malvada.
Como
recompensa, Dorothy fica com os sapatos de prata da velha Bruxa do Leste, que
possuem algum tipo de mágica desconhecida. Preocupada com a reação dos seus tios
diante de seu sumiço, a garota pede ajuda para voltar ao Texas e acabam recomendando que vá até a Cidade das Esmeraldas procurar por Oz,
o Grande Mágico. Pegando a estrada de
tijolos amarelos em companhia do seu cachorro Totó, é aí que a aventura
começa e, ao longo do caminho, somos apresentados aos personagens já tão
conhecidos: o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão
Covarde. Cada um deles possui um desejo diferente – um cérebro, um
coração e coragem -, o que os torna unidos e focados no objetivo.
Coloquei minhas sapatilhas vermelhas, porque, no filme, Dorothy usa sapatos vermelhos.
E Polly tá dando uma de Totó. ♥
Como
disse, o livro é classificado como infantil, mas recomendo pra qualquer faixa
etária. A história é, simplesmente, adorável e você sente que o autor teve todo
o cuidado em passar boas sensações para o leitor o tempo todo. Encontramos
algumas críticas muito inteligentes e
suaves – aí é que vem o momento em que esse livro passa a ser para adultos
também, já que é necessária uma certa percepção -, como a alienação da massa popular ao nos apresentar a Cidade das
Esmeraldas, onde todos os habitantes são obrigados a usar óculos de lentes
verdes, por exemplo.
As histórias dos
personagens são explicadas no livro e isso saciou a minha curiosidade,
principalmente ao se tratar do Lenhador de Lata. Aliás, eu o conhecia como
Homem de Lata, mais um equívoco que existia antes de realmente parar pra
conhecer a obra. Fiquei impressionada com a força e coragem de Dorothy, ela é
uma personagem digna de admiração!
A
edição de bolso da Zahar é TÃO lindinha. Tem capa dura e, logo que você abre,
dá de cara com duas páginas estampadas com tijolinhos amarelos – uma das
maiores referências ao livro -. Encontramos, pelo menos, 50 ilustrações
originais, as páginas são amareladas e a edição inteira é de muita qualidade.
Algo
bem legal e que dá pra observar bastante no filme é o fato de que o autor descreve o local no Texas onde
Dorothy vive como “cinzento”, o que dá a ideia de tristeza. Ao conhecer
novos lugares após sua casa ser levada pelo ciclone, as cidades são descritas
sempre como muito coloridas e cheias de vida.
A mensagem passada pela
história é muito bonita e bastante inspiradora. Ao terminar, temos a
sensação de que somos melhores do que pensamos e que não é necessário cobrar
pela própria perfeição o tempo todo. Pra mim, essa é uma obra marcante desde
sempre na minha vida, mas fazer a leitura, definitivamente, me fez repensar
ainda mais.
Você,
provavelmente, achou estranho quando falei “sapatos de prata” da Bruxa Má do
Leste e não “sapatos vermelhos” se assistiu somente ao filme d’O Mágico de Oz,
não é? Bem, é que os sapatos são, originalmente, prateados, mas os produtores
acharam que a cor não ficaria tão chamativa e contrastante com o uso do Technicolor. Então, optaram pelo
vermelho, o que eu achei ter sido uma ideia legal e que fez diferença.
Mais
uma coisa que descobri há pouquíssimo tempo: L. Frank Baum chegou a escrever, na verdade, 14 livros que se passam nesse
mundo d’O Mágico de Oz, ou seja, é uma série! Gostaria de poder ler todos
eles, sinceramente.
Aliás, quero agradecer a Tom - meu namorado - que me ajudou a tirar as fotos. Muuuito obrigada! ♥♥
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