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Resenha: O Mágico de Oz

14:38 Isabela Libório 0


  Nunca fui uma louca pela história d’O Mágico de Oz ou assisti ao filme diversas vezes, mas sempre tive uma certa simpatia por esse mundo. Digo, acho que todos nos encantamos pelos personagens desse livro, não? Bem, a minha vontade de ler e conhecer a história realmente surgiu após ver essa edição de bolso lindíssima da editora Zahar, precisava dela na minha estante! – devo dizer que fiquei interessada, também, ao saber daquela história de que o álbum Dark Side of the Moon do Pink Floyd fica sincronizado com o filme produzido em 1939 se colocado em um momento específico –.

  O livro não me prendeu exatamente, até porque é um estilo infantil e a escrita, por isso, é bem simples, mas resolvi dar 5 estrelas por conta da história adorável e das críticas muito inteligentes por trás de certas coisas – falarei disso mais pra frente -, além da mensagem passada no fim. E devo dizer: achei que conhecesse bem a história d’O Mágico de Oz através dos filmes e do que ouvia por aí, mas que nada! Descobri muita coisa que não sabia, o que torna a leitura ainda mais recomendada.
   Dorothy vive em uma pequena casa no Texas com seus tios e seu cachorro Totó, um lugar cinzento e sem vida, mas que não a impede de encontrar motivos para sorrir. É quando o céu aparenta estar ainda mais escuro que todos começam a se preocupar. E eles estão certos: tem um ciclone a caminho. Correndo até o abrigo, os tios de Dorothy conseguem proteção, mas a garota e seu cachorro não chegam a tempo. Estranhamente, o centro do ciclone acaba se localizando em cima da casa, o que a faz flutuar até uma terra distante e completamente diferente.


   Após dormir por algumas horas, Dorothy percebe que a casa não está mais em movimento. Ao abrir a porta, depara-se com um campo lindíssimo e colorido, diferente do local em que vive. É aí que Bruxa – boa – do Norte dá boas vindas à garota e lhe agradece por ter matado a Bruxa Má do Leste. Dorothy fica pasma e faz questão de se explicar, dizendo não ser a responsável por isso, mas logo tudo é esclarecido e ela fica sabendo que sua casa tratou de fazer o trabalho, caindo bem em cima da Bruxa. Esse fato acaba libertando os Munchkins, as pessoas moradoras daquele País e que eram escravas da malvada.

   Como recompensa, Dorothy fica com os sapatos de prata da velha Bruxa do Leste, que possuem algum tipo de mágica desconhecida. Preocupada com a reação dos seus tios diante de seu sumiço, a garota pede ajuda para voltar ao Texas e acabam recomendando que vá até a Cidade das Esmeraldas procurar por Oz, o Grande Mágico. Pegando a estrada de tijolos amarelos em companhia do seu cachorro Totó, é aí que a aventura começa e, ao longo do caminho, somos apresentados aos personagens já tão conhecidos: o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. Cada um deles possui um desejo diferente – um cérebro, um coração e coragem -, o que os torna unidos e focados no objetivo.

Coloquei minhas sapatilhas vermelhas, porque, no filme, Dorothy usa sapatos vermelhos. 
E Polly tá dando uma de Totó. 
   Como disse, o livro é classificado como infantil, mas recomendo pra qualquer faixa etária. A história é, simplesmente, adorável e você sente que o autor teve todo o cuidado em passar boas sensações para o leitor o tempo todo. Encontramos algumas críticas muito inteligentes e suaves – aí é que vem o momento em que esse livro passa a ser para adultos também, já que é necessária uma certa percepção -, como a alienação da massa popular ao nos apresentar a Cidade das Esmeraldas, onde todos os habitantes são obrigados a usar óculos de lentes verdes, por exemplo.

   As histórias dos personagens são explicadas no livro e isso saciou a minha curiosidade, principalmente ao se tratar do Lenhador de Lata. Aliás, eu o conhecia como Homem de Lata, mais um equívoco que existia antes de realmente parar pra conhecer a obra. Fiquei impressionada com a força e coragem de Dorothy, ela é uma personagem digna de admiração!

   A edição de bolso da Zahar é TÃO lindinha. Tem capa dura e, logo que você abre, dá de cara com duas páginas estampadas com tijolinhos amarelos – uma das maiores referências ao livro -. Encontramos, pelo menos, 50 ilustrações originais, as páginas são amareladas e a edição inteira é de muita qualidade.


  
   Algo bem legal e que dá pra observar bastante no filme é o fato de que o autor descreve o local no Texas onde Dorothy vive como “cinzento”, o que dá a ideia de tristeza. Ao conhecer novos lugares após sua casa ser levada pelo ciclone, as cidades são descritas sempre como muito coloridas e cheias de vida.

  A mensagem passada pela história é muito bonita e bastante inspiradora. Ao terminar, temos a sensação de que somos melhores do que pensamos e que não é necessário cobrar pela própria perfeição o tempo todo. Pra mim, essa é uma obra marcante desde sempre na minha vida, mas fazer a leitura, definitivamente, me fez repensar ainda mais.

  Você, provavelmente, achou estranho quando falei “sapatos de prata” da Bruxa Má do Leste e não “sapatos vermelhos” se assistiu somente ao filme d’O Mágico de Oz, não é? Bem, é que os sapatos são, originalmente, prateados, mas os produtores acharam que a cor não ficaria tão chamativa e contrastante com o uso do Technicolor. Então, optaram pelo vermelho, o que eu achei ter sido uma ideia legal e que fez diferença.

  Mais uma coisa que descobri há pouquíssimo tempo: L. Frank Baum chegou a escrever, na verdade, 14 livros que se passam nesse mundo d’O Mágico de Oz, ou seja, é uma série! Gostaria de poder ler todos eles, sinceramente.


Aliás, quero agradecer a Tom - meu namorado - que me ajudou a tirar as fotos. Muuuito obrigada! ♥♥

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