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Resenha: Isla e o Final Feliz

19:39 Isabela Libório 0

 Eu estava louca por esse terceiro livro da “série” das meninas queridas da Stephanie Perkins. Coloquei entre aspas porque não há ordem correta para ler Anna e o Beijo Francês, Lola e o Garoto da Casa ao Lado e Isla e o Final Feliz, mas recomendo que o faça na ordem que falei aqui – e que foram publicados – se não quer saber spoilers sobre alguns personagens.
 Stephanie tem o talento natural de escrever histórias simples, mas extremamente cativantes e com personagens reais. É muito fácil mergulhar nas palavras da autora, esquecendo o que acontece ao seu redor e dessa vez não foi diferente, apesar de que Anna e o Beijo Francês continua sendo meu favorito.
A história
Isla nutre uma paixão por Josh desde que entrou na escola americana em Paris, mas sempre teve uma dificuldade imensa em puxar papo com ele por conta da sua timidez. Foi num dia em que ambos passavam as férias em Manhattan que uma conversa entre eles aconteceu. Isla havia acabado de retirar os sisos e estava sob efeito de alguns medicamentos – e, bem, um pouco dopada – quando viu Josh no mesmo lugar e acabou iniciando a conversa mais estranha.

A partir desse dia, as coisas mudam e sua paixão platônica acaba fazendo mais parte de sua vida do que ela jamais esperou. É muito bonito acompanhar, ao passar das páginas, o amadurecimento da relação dos dois enquanto enfrentam dificuldades angustiantes e sentem que é assim que a gente percebe que o amor pode, sim, superar esses obstáculos e crescer cada vez mais.

 Além disso, há também a participação dos personagens de Anna e o Beijo Francês e Lola e o Garoto da Casa ao Lado, o que é incrível e deixou meu coração quentinho, já que são todos amigos muito próximos.
Minha opinião
 Como já disse ali em cima, Stephanie Perkins tem o poder de transformar enredos simples em histórias cativantes. Os personagens são bem pensados, fazem jus às suas personalidades e as coisas não acontecem de modo forçado. Confesso que me irritei um pouco com Isla em alguns momentos, por ela insistir em não confiar no “próprio taco”, mas não posso negar que me identifiquei um pouco também – e essa insegurança é algo que não curto em mim -.

 Kurt, melhor amigo de Isla, está na vida dela desde sempre é bastante importante no desenvolver na história. Ele é um personagem sincero, leal e está sempre lá pela amiga. Algo que achei legal foi como a autora falou de um assunto sério de modo sutil: o autismo. Kurt é autista, mas isso não é o foco quando se trata dele, é um personagem como qualquer outro, porém, ao mesmo tempo, a gente se coloca no lugar de alguém que tem que lidar com essa característica.

 O livro pode ser meio devagar em certos momentos, porque acompanhamos o amadurecimento de um relacionamento adolescente, então as coisas demoram um pouco pra acontecer, mas acho esse um ponto positivo, apesar de tudo. Gosto muito de como é perceptível que o amor de Isla e Josh – não é spoiler, vai – não surgiu do nada. Tudo bem que ela já tinha uma queda por ele, mas a relação de ambos é construída e é bem bonito ver isso acontecer.

 Minhas partes favoritas foram, sem dúvida, aquelas que se passavam em Barcelona. Essa é uma das cidades que mais quero conhecer no mundo exatamente por causa da sua arquitetura e seu urbanismo, principalmente quando se trata das obras do arquiteto Antoni Gaudí, que são incríveis. Stephanie Perkins descreve algumas das mais famosas enquanto Isla as visita: a Casa Milà, a Sagrada Família e o Parc Güell. Fiquei babando como aluna de Arquitetura e admiradora de Gaudí, quem sabe um dia poderei ver tudo isso de perto também. Alguns lugares maravilhosos da cidade de Paris também são citados e esse foi mais um fato que amei, principalmente por ter passado por alguns deles em 2015, bateu uma saudade imensa.
 Esse é o outro ponto importante da história: ela se passa em três cidades diferentes, que são Paris, Barcelona e Nova York. Ou seja, muito amor. Resumindo, Isla e o Final Feliz mostra pra gente o amadurecimento de um relacionamento e as dificuldades pelas quais estamos sujeitos a passar, mas que acabam mostrando pra gente que dá pra superar se há amor e companheirismo. 

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